Os livros de Fevereiro

Ok, essa é uma coisa nova pra mim! Sim, nova porque apesar de ter feitos resenhas e resumos na escola, e na faculdade também, eu nunca senti que era boa nisso. Acho que é o fato de eu ser extremamente prolixa que me impedia de resumir uma história e opinar sobre ela de maneira concisa e clara, e pra ser bem sincera eu nunca corri atrás de melhorar isso… Resenhas e resumos nunca foram meu tipo de texto preferido. Mas eu não vou encanar com isso porque essa nem é a proposta que eu trago aqui, que é simplesmente compartilhar os livros que eu li esse mês com vocês. Eu estou começando com Fevereiro, mas na verdade o primeiro livro que eu li foi no finalzinho de Janeiro, mas já tava tão no finalzinho que nem valia a pena fazer um post de leituras do mês com um livro. Então vamos começar daqui ok?

livros de fev
– A vida do livreiro A.J. Fikry, Gabrielle Zevin

AJO que dizer desse livro que mal comecei de ler e já amo pacas? Tá, eu já terminei. Mas gente! GENTE! Eu juro que com esse livro rolou uma coisa parecida com o que rolou com “O Oceano no fim do caminho” do Neil Gaiman, esse livro me chamava e me chamava TODO dia quando eu passava por ele na livraria onde eu trabalhava, até que um dia eu comprei e deixei ele no canto da estante… Nem lembro quando comecei a lê-lo, mas peguei ele esse ano do meio do caminho mesmo e AI MEU DEUS, não que eu seja nenhuma expert, mas foi um dos melhores desenvolvimentos de personagem/cronologia que eu lembro de ter lido. No duro!

Pra quem não conhece (o que eu duvido): O livro conta a história do livreiro A.J. Fikry, um viúvo de meia idade solitário e meio grosso, dono de uma livraria numa cidade pequena e com uma vida triste, na qual aparentemente nada parece dar certo. Até que um dia ele encontra um pacotinho misterioso ao abrir sua loja e a partir daí a vida dele começa a mudar para melhor, com um pouquinho de tragicomédia, suspense e muito pé sendo trocado pelas mãos A.J. redescobre a felicidade e consegue experimentar um amor diferente em sua vida depois de se isolar em sua própria ilha.

– Deuses Americanos, Neil Gaiman

American GodsPUTA QUE PARIU, apenas. Começo já dizendo que a culpa disso tudo é da dona Anna Vitória Rocha que falou do livro na restrospectiva literária dela e só aumentou minha vontade de ler o livro. Porque até então eu só tinha lido Oceano e tava me coçando pra ler mais alguma coisa do Neil. Claro que de alguma forma que eu desconheço Deuses Americanos estava no topo dessa lista (junto com Sandman) e num ímpeto de consumismo eu comprei no Submarino. E gente, que livro maravilhoso! A narrativa do Neil é tão maravilhosa que te deixa com um nó na cabeça e deixa seus dedos e olhos grudados no livro tamanha a curiosidade em saber o que vai acontecer em seguida. Gaiman também insere Deuses de vários panteões e os transforma e pessoas “normais” que tem de sobreviver à dura realidade que é ser um Deus quase esquecido num mundo moderno com seus próprios deuses e cultos.

Pra quem não conhece: “Deuses Americanos, o melhor e mais ambicioso romance de Neil Gaiman, é uma viagem assustadora, estranha e alucinógena que envolve um profundo exame do espírito americano. Gaiman ataca desde a violenta investida da era da informação até o significado da morte, mantendo seu estilo picante de enredo e a narrativa perspicaz adotados desde Sandman. Neil Gaiman oferece uma perspectiva de fora para dentro – e, ao mesmo tempo, de dentro para fora – da alma e espiritualidade dos Estados Unidos e do povo americano: suas obssessões por dinheiro e poder, a miscigenada herança religiosa e suas conseqüências sociais, e as decisões milenares que eles enfrentam sobre o que é real e o que não é.” (do Skoob, porque there’s no way in hell que eu ia conseguir explicar esse livro.)

– Paper Towns, John Green

paper townsLer esse livro virou questão de honra. Porque 1. Eu estou com ele emprestado a mais de um ano, UM ANO e isso me mata de vergonha e 2. É o único que faltava pra completar a obra completa (solo, pelo menos) do John Green e olha… É um livro fraco. Eu não vou dizer ruim porque cheguei a conclusão de que John Green não sabe escrever livros ruins, porque esse homem tem uma sensibilidade e um jeito de se expressar que nem sei explicar. Mas o livro é fraco, na verdade meu problema maior foi a gigante aversão à Margo Roth Spielgeman, que não sei é se protagonista, antagonista ou coadjuvante, mas que ocupa espaço demais no livro e só serve pra ferrar com a cabeça de Q – que narra o livro – que por sua vez arrasta seus amigos e uma amiga de Margo nessa viagem maluca. O que salva realmente é a interação do Quentin com os amigos, as brigas, as dúvidas, os momentos de raiva e de frustração… É tudo muito verdadeiro e me identifiquei bastante, o livro também tem várias citações do Walt Whitman (cuja obra eu nunca li, mas amo pacas porque aparece em Dead Poets Society) e metáforas que deixam você meio “wow”. Mas ainda assim é fraco, no rank de livros do John fica em último colocado, seguido por ACEDE e Katherines e Alaska empatando no topo haha

Pra quem não conhece: Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita.
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia. (do site da Saraiva)

– It’s kind of a funny story, Ned Vizzini

funny storyFaz um tempinho que eu vi o filme inspirado no livro, e depois que eu descobri que era um livro – na época que eu tinha um salário e um emprego – eu comprei no book depository, devo ter recebido o livro depois de uns três meses e pra variar ele ficou na minha estante. E esse ano eu decidi que leria mais, e no meio do meu desafio literário eu enfiei esse livro que eu não quis encaixar em categoria nenhuma. Porque mesmo querendo seguir o desafio, eu ainda vou ler os livros porque sim. Porque eu quero e pronto. E que livro delícia gente! Li em, sei lá, uns quatro dias! Eu peguei mais pra dar uma pausa do 1Q84, que apesar de maravilhoso é um livro que te consome e às vezes é bom pegar um livro assim levinho pra gente desatar os nós que um outro livro dá na nossa cabeça! Dei cinco estrelas no skoob porque amei a dinâmica dele, amei a visão do Craig sobre a vida e a própria condição dele e como ele, mesmo depois de ter saído do hospital, sabia que ele não estava curado e talvez pudesse nunca estar curado, mas a escolha de sucumbir ou não a sua doença é dele e ele escolhe viver. E é lindo gente, é lindo!

Pra quem não conhece: Craig Gilner é um estudante e morador de Nova York – no Brooklyn, pra ser exato – e enxerga sua admissão na Executive Pre Professional High School é o primeiro passo para ter sucesso na vida. O que Craig não esperava era ter essa visão destruída pela pressão da escola, ao descobrir que não era tão brilhante quanto pensava. A pressão de ser bom, de ter uma vida social, comer, dormir e existir se torna tão grande que Craig começa a ter problemas para comer, dormir e existir. A depressão na qual ele se encontra é tão grande que ele cogita até mesmo se matar, mas ao pensar duas vezes no caso ele se interna na ala psiquiátrica de um hospital no seu bairro e lá ele passa cinco dias. Longe de tudo e de todos, de sua família, da escola, dos amigos… Apenas para enfrentar e refletir sobre seus medos e anseios. (adaptado do Book Depository, porque o livro não tem edição em português)

E você? Leu o que? Se leu algum da minha lista sinta-se mais do que à vontade para deixar seu pitaco e trocar figurinhas! Eu amo!

2 comentários sobre “Os livros de Fevereiro

  1. Oi, Alê! Acho que temos muito a ver literariamente falando e isso é super bacana. Li a vida do livreiro ano passado e também gostei demais (sempre que vejo alguém falando desse livro, faço o mesmo comentário, mas não custa: se quiser conferir outra coisa da altora, dá uma olhada em Em Outrolugar, que é completamente diferente, mas também é bem bacana).

    Por (má) influência da Anna comprei American Gods no kindle outro dia. Se ela ama, você ama e coutinha ama, preciso ler isso pra ontem.

    Ainda não li Cidades de Papel, mas é outro que está no kindle aguardando. Dou minha opinião quando ler.

    IT’S KIND OF A FUNNY STORY: tá entre os livros que eu mais tenho vontade de ler na minha vida. O problema é que ele não tem em ebook, e eu morro de preguiça de esperar o prazo de entrega de livro gringo (mesmo que ele acabe indo pra pilha de um jeito ou de outro). E também estou tentando não comprar livros porque minha pilha está gigante. Mas você não está colaborando.

    Beijos!

Deixe um comentário