[No Cinema] Kingsman – Serviço Secreto

Daí que ontem eu fui no cinema com o namorado porque ele queria ver Kingsman, eu, apesar de ter ficado curiosa fui mais ver o filme porque o trailer parecia mesmo muito bom e… Bom, pelo Colin Firth, meu eterno Lord Dashwood, que sempre fez papéis de pessoas certinhas, sérias, socially awkward e meio almofadinhas. Por ser um filme de espionagem eu pensei que ele fosse sempre aquele analista que fica de óculos na frente do computador, liberando o caminho e ajudando os agentes “de verdade” a concluir toda a ação.

Sdds Lord Dashwood ❤

Meus amigos, como eu estava enganada. Antes de mais nada, é preciso dizer que a Agência Kingsman não tem nada a ver com a CIA, o FBI, a Interpol ou qualquer agência governamental, não. Eles são independentes, exatamente para se livrar de todos os processos burocráticos e da hierarquia que contamina essas outras entidades. A parte que eu achei mais legal é que eles ainda mantêm aquela coisa de ter uma “caverna do Batman”, pra qualquer pessoa comum que ouve… Kingsman é uma loja de alfaiataria em Londres (e eu já comecei a amar o filme por aí #sdds). Mas pra falar da Kingsman a gente tem que começar pelo começo.

De preferência pelo Colin Firth.

Ok. A verdade é que o Colin Firth não é o grande foco do filme, ele é mais o mentor do grande foco do filme. Que conta a história de Eggsy (vivido pelo até então anônimo Taron Egerton), cujo pai – um agente da Kingsman – morre em ação e sua família consolo recebe, como consolo, uma medalha de Galahad (vivido pelo próprio Colin Firth) pela bravura, coragem e serviços prestados. Dezessete anos depois, sem pai e com a mãe namorando um “knacker” nojento e violento, Eggsy vira um jovem-adulto – não falam a idade exata dele, mas eu chuto uns 21 porque ele já dirige e frequenta pubs sem problema – rebelde, que despirocou depois do ensino fundamental e largou um futuro promissor na Marinha até que um dia ele vai a bit too far e acaba preso, recusando-se a dedurar os amigos que aprontaram junto com ele… A luz acende quando ele se lembra que tem direito a um telefonema, e ao invés de ligar pra mãe ele disca 8 números aleatórios inscritos na medalha que ele ganhou pelo pai morto. Dizendo uma frase sem sentido nenhum para ele, Eggsy é libertado minutos depois sem saber exatamente como.

YOLO!

Óbvio que a partir daí o filme engata, com Galahad oferecendo a Eggsy o mesmo emprego que matou seu pai, muitos anos antes. Só que para isso, ele vai ter que passar pela entrevista de emprego mais perigosa de sua vida… E bom, se vocês quiserem saber a partir daí eu realmente recomendo que vocês vão ao cinema mais próximo conferir! Mesmo caracterizado como um filme de ação e espionagem, Kingsman – Serviço Secreto consegue ser divertido de um jeito muito inteligente e irreverente, cheio de pequenas referências a outros filmes do gênero e repleto de atuações incríveis de novos nomes, como o próprio Taron e sua co-protagonista (ou coadjuvante? Não sei gente, desculpa!) Sophie Cookson e de grandes nomes do cinema hollywoodiano como Samuel L. Jackson – que genialmente interpreta um nerd de computador bilionário -, Michael Caine e o próprio Colin Firth!

(just you WAIT Henry Higgins, just you WAIT!)

Particularmente eu gostei bastante do filme, mesmo indo sem expectativa nenhuma foi um filme que me surpreendeu de uma maneira muito boa mesmo! Como eu já disse o enredo dele é engraçado e inteligente, tem um bom equilíbrio entre a ação estilo Michael Bay, cheio de explosões e tiros, entre os momentos de humor – às vezes mais sutis, outras vezes escrachadíssimos – e uma história que, apesar de ser previsível às vezes, prende nossa atenção e nos deixa torcendo loucamente pelos mocinhos, e torcendo loucamente para os vilões levarem chutes extraordinários na bunda. Foi um novo jeito de contar a história de uma agência de espionagem que não deixa nem um pouco a desejar se comparar com filmes do 007 (que pra ser sincera me dão um pouco de preguiça) E gente, de novo: Colin Firth! C o l i n F i r t h. Apenas.

Tá, e o Taron Egerton também não fez feio não.